TETINE

Sunday 12 December 2021

Tetine Vs Sophie Calle - Samba de Monalisa (2002)

Morning, here's a track from the Tetine Vs Sophie Calle's album "Samba de Monalisa", released in 2002, our second record produced in London. It will complete 20 years now in January 2022. I've been listening to it again, rediscovering it ... and relearning how to play some of its songs. This is "Amada Amante" - one of the closing tracks and one my favourite, (trk.11). Looking back, it is quite a nice record, and one of the reasons that we ended up staying in this country - we performed it many times in the UK and around Europe, and later in 2009 at Sophie Calle's exhibition 'Take Care of Yourself' in São Paulo at Sesc Pompéia. It was also once "electronica album of the month" at the deceased and saudosa Tower Records of Picaddily Circus - which, for us, was a big treat, and surprise at the time... you can imagine how it felt (if you know what I mean, and all the dillemas/questions related to shelving CDs in the 'right shelves') when me and Eli entered the shop and saw our CD spread around the electronica section, and also available in one of those listening posts that they used to have. Dream! Below is some of the praise it got at the time. Dig it ...also in all platforms through Slum Dunk Music.

****************
"L’apport musical du duo Tetine donne aux quelques extraits narratifs ou de dialogues une force et une sentimentalié étonnantes. D’une très belle justesse. D’une just finnesse. L’albu prend vraiment une dimension de document sonore où les instantes clés du film son’t saisis, montrés puis étendus en des plages musicales que décortiquent la scène et la font apparaître a nu…’. Clarknova Magazine, France, June 2002
"El cine negro se refleja en los ambientes oscuros de 'Welcome To Las Vegas' y el romántico conecta con 'Music For Mechanics' debido sus violines y conversaciones. 'Sandalia Quebrada' vuelve a esa mezcla electrosamba y ambientes sintéticos aderezados por voces, esta vez sin un diálogo explícito. Más preciosista e actual es 'Hotel Madrid', tema que conecta con artificieros de la electronica como Múm'... Estamos pues ante un disco para los amantes de la música electrónica con aporte cinematográfico e experimental (aunque sin ecxesivos riesgo). Lo cual no es poco." Satelite Pop, Madrid, July, 2002
"Tetine, Brazilian artists Bruno Verner and Eliete Mejorado have created a dispassionate American travelogue of great tenderness and reserve. As male and female voices offer intimate insights into the directionless, inertial flow of their relationship, a sharply defined soundtrack follows them on a road trip from New York to Vegas…The televangelist rant, cool French tone and Hip Hop lope of the opening suggest an emotionally detached take on Jean Luc Godard’s classic debut Au Bout De Souffle but the mute longing of ‘Amada Amante’ and ‘I Met Him in The Bar’ go way beyond even that’. Ken Hollings, The Wire. June 2002
"Le travail de Tetine et Sophie Calle est à rapprocher de celui de Genesis P.Orridge dans so projet Splinter Test (Welcome to Las Vegas oú l’on perçoit la voix surnaturelle de Roy Orbison) ou bien encore des constructions méditatives de Stephen Jones (Hotel Madrid). Sur le plan de la narration, le glissement du privé au public, de l’intime à l’ouvre, cher à Sophie Calle, démontre avec brio qu’il existe des alternatives dignes aux cogitations loft-storyennes: le journal intime électronique…. La musique atosphérique et lointaine de Tetine apport un nouvel eclairage, inedit et enchanteur, aux autofictions de Sophie Calle'.4/5 Lionel Delamonte, Chronic’art, France, June 2002
"Um pouco como a própria Sophie Calle, o Tetine quer refletir sobre dois eixos. As conexões possíveis entre a 'alta cultura' e os mass media e entre o público e o privado (..) Samba de Monalisa recupera de certa forma o viés experimentalista e falado de Alexander's Grave, o álbum de estreia de 1996. Nesse, o 'gatilho' não era o cinema mas o teatro e literatura com fragmentos de textos de Shakespeare, Tennessee Williams, Strindberg Musset e outros". Alex Antunes, Revista Bravo, Brazil, Set, 2002
‘Fave tracks are 'No Sex Last Nigh' and 'Amada Amante'. Even though it is really quite complex and multilayered, repeated listening is rather rewarding. It is actually quite an accessible album, given the right exposure it could be a cult crossover, attains cult status and so much publicity that it crosses over into mainstream popularity’. Clive Craske, Jazzical Gaz, April 2002
‘…atmospheric mysterious film dialogue drifting darkly across some strangely scratched electronic riffs. Why you ask? Because the São Paulo based duo Tetine have a thing about the cult French artist called Sophie Calle'. Robert Sandall, Mixing it, BBC Radio 3, April 2002"
Recommended tune: 'No Sex Last Night' - Tetine vs Sophie Calle. BBC Radio 1, June 2002
Recommended electronica album of the month. Tower Records, May 2002.
'Impresario of indulgence Ian White and Brazilian performance duo Tetine deliver a seriously whacked out evening of mixed media mayhem that covers all the bases and barely stops for breath. Tetine themselves are launching their new dirty beats/ found voices cd made in collaboration with following artist Sophie Calle; there's image work from them, videos by Queen of Endurance Art Marina Abramovic and the marvelous Chicks on Speed; and more much more is promissed. From hybrid to hola!, high culture to 'Here She is Again', why not shake your booty at WAG this Friday?' GE, Time Out London, June 2002



Labels: , , , , , ,

Saturday 21 August 2021

Parasita Para-raio

Parasita  Para-raio Neoliberal Parasita Papagaio Universal Parasita Para-raio Ocidental 

Parasita Papagaio Institucional Parasita Para-raio Em C bemol Parasita Para-raio Ocasional 



Labels: , , ,

Wednesday 28 July 2021

Freedom of Choice??

Couldn't agree more with Ash Sakar: 

Anti-vaxxer Kate Shemirani's speech on Saturday points to the rise of a new fringe element of the far right. Should we be worried?
Ash Sarkar | #TyskySour

There's also an annoying pseudo mystical chat that most of the anti-vaxxers propagate on social networks, a kind of spiritual supremacy which is a mix of cheap self-help, ignorance and prepotency as if they were immune avenging angels like Ash says. Freedom of choice against the unfreedom of others?? Totally selfish, capitalistic, individualistic in the worst way, and oblivious to others and the space as a PLACE.

Labels: , , , , , , , ,

Saturday 8 May 2021

Marcinha Montserrath & Cassiano

Muito triste o dia de ontem, só agora começo a digerir.

É simbólico pensar que duas vozes bonitas pra caralho vindas de espaços diferentes, mas complementares em emoção, em imersão sonora, e com aquela rouquidão sentida não-forçada - daquelas que sabem entrar gostoso na harmonia e produzem melodia sem fazer esforço algum; cada uma a seu modo - tenham se calado no mesmo dia.
Cassiano, monstro sagrado do soul brasileiro , e Cantor com C maiúsculo, que ouvi pela primeira vez na trilha sonora da novela O Grito de 1975 e que teve um impacto brutal em como fui entender musica, além de melodista como poucos que aparecem por ai, e a adorável Marcinha Montserrath que eternizou "Samba do Morro” do também genial Chance, um dos meus momentos preferidos do pós punk paulista (quem me conhece sabe da minha devoção por essa track) - e do qual tive a oportunidade de incluir e escrever sobre na coletânea The Sexual Life of The Savages em 2005 e nas paginas de Post Punk Then and Now. A ultima vez que vi Marcinha em carne e osso foi no show do Tetine em SP, muito querida ela sempre aparecia nos nossos shows com aquele sorriso, energia boa, bom humor e sempre muito inteligente e doce. Sua voz continuará ecoando para sempre, e a contribuição dela pro nosso pós punk brasileiro é da maior importância e grandeza. 

Desejo força a sua família, filhos e a todos amigos. Segue aqui o eterno Samba do Morro na voz dela e A Lua e Eu na voz do Cassiano.





Labels: , , , , , , , , ,

Monday 15 February 2021

" Duo Tetine recupera disco inédito do underground brasileiro" por Marcia Bechara

 




Por:Márcia Bechara



Ao longo dos últimos 25 anos, o duo eletrônico brasileiro Tetine, formado por Eliete Mejorado e Bruno Verner, vem atravessando as fronteiras entre os universos da música, da performance, da videoarte e do texto, em criações que contam com parceiros tão plurais quanto a artista francesa Sophie Calle ou a MC brasileira Deize Tigrona. Em 2021, o Tetine lança pelo selo Slum Dunk uma pérola que reverbera sua raiz no prolífico pós-punk brasileiro. O álbum “Konkret Dance” traz inéditas do grupo R.Mutt, banda belo-horizontina que é um dos marcos da cena do rock underground no Brasil.

Um "universo sônico particular", ao mesmo tempo, melódico, austero, expressionista, lírico-dada surrealista, melancólico e percussivo: o duo eletrônico Tetine, radicado em Londres há 20 anos, lança pelo selo Slum Dunk Music o "Konkret Dance 1986-89", um álbum do quarteto pós-punk/eletrônico R. Mutt formado em Belo Horizonte em 1986. O disco está disponível desde o fim de dezembro de 2020 nas principais plataformas de música, e sai agora em vinil para o público brasileiro.

“Nossas referências na época do R.Mutt eram o Kraftwerk, talvez a maior influência da banda, mas também o pós-punk inglês da época, coisas como o Cabaret Voltaire, New Order, Joy Division, The Wake. O R.Mutt tinha essa sensibilidade avant-garde, que acreditava tanto na mistura do Kraftwerk com em coisas da música contemporânea, como Schöneberg, quanto em artistas como Laurie Anderson, Meredith Monk e Philip Glass”, conta Bruno Verner, que atualmente prepara um doutorado sobre o pós-punk na Universidade de Goldsmiths, em Londres.

O nome da banda, R.Mutt, faz referência ao pseudônimo de Marcel Duchamp: “Era esse o diálogo que a gente tinha na época, que se estende à geração pós-tropicalista, de artistas como Arrigo Barnabé, uma grande influência para mim, Itamar [Assumpção], o [grupo] Rumo. Tudo isso fazia parte do nosso imaginário e acho que era alimento para a banda”, diz Verner

O disco "Konkret Dance" traz 15 canções gravadas entre 1986 e 1989 período em que o banda se manteve ativa, revelando (e recuperando) o que seria seu primeiro disco, "a partir de gravações compiladas de suas duas únicas fitas cassete, respectivamente intituladas R. Mutt 1 e 2, além de registros de shows e ensaios". 

Fazendo uso de sintetizadores analógicos, drum-machines e samplers para a criação de paisagens sonoras distópicas e glaciais, revisitadas por uma instrumentação eletroacústica, o R. Mutt produziu um universo sônico particular. “O mais importante nesta pesquisa é a produção de um tipo de sensibilidade sônica, ao mesmo tempo comum e distinta de várias cenas do pós-punk brasileiro. É isso que me interessa, é um modo de operar sonicamente sobre o mundo, utopicamente, de criar, de inventar futuros”, diz.

“Acho que é o momento desse disco. Esse álbum do R.Mutt foi um desses futuros apagados, extinguidos. Fiz uma seleção de musicas dos dois únicos tapes existentes de shows da época no Madame Satã, em São Paulo, e no projeto Rock Líquido, um show coletivo que aconteceu na PUC em 1988”, conta Verner.

Faziam parte da mesma cena pós punk belo-horizontina grupos como Divergência Socialista, Sexo Explícito, O Ultimo Número, Ida & Os Voltas, Hosana Nas Alturas, Xiitas, Alma Ciborg, Os Contras, Sylvia Klein, Crime-Ópera entre outros. A R.Mutt percorreu todo o circuito underground local do período, se apresentando em bares, clubes, cineclubes, universidades, cinemas e auditórios da cidade, tendo realizado shows em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Juiz de Fora, em importante espaços, instituições e clubes da época como Madame Satã, Espaço Retrô, Sesc Pompéia, Teatro Cenário, Complexo B, Crepúsculo dos Deuses e a PUC.

A banda R.Mutt ao vivo em show na famosa casa Madame Satã, em São Paulo, em 1987.












Labels: , , , , , , , , , , ,

R. Mutt lança disco perdido e resgata história do rock underground de Belo Horizonte - Music Non Stop

 

Conversamos com os integrantes da banda R. Mutt, ícone do post punk  e do movimento rock underground de Belo Horizonte nos anos 80.  O grupo lança disco que estava encaixotado a décadas, conta sobre a história da cena underground mineira e as aventuras como programa de rádio e selo em Londres.

Por Letty

Inventar o futuro revisitando o passado: a atemporalidade da R. Mutt

Falar sobre música (e sobre o rock underground)  é falar sobre tempo, esse metrônomo-rei que conduz a vida e coroa as obras artísticas. Em tempos nos quais presente e futuro nos aterrorizam, por vezes a saída está em abrir as caixas do passado, nele encontrando um porto para ancorar as incertezas.

Foi dessas caixas que saiu uma das melhores surpresas musicais de 2020: o primeiro álbum da R. Mutt, banda de pós-punk que foi crucial para o movimento independente de uma Belo Horizonte que inspirava música e expirava uma geração de artistas experimentais da década de 80. “A cena era incrível, muito inventiva para a época. Os primeiros grupos com quem toquei [R. Mutt, Ida e os Voltas e Divergência Socialista] circulavam na cena do pós punk da cidade, de onde todo mundo saiu”, conta Bruno Verner, vocalista, multi-instrumentista e fundador da banda. “Todo mundo tocava em várias bandas e dialogava com diversos tipos de arte. A gente estava aprendendo, experimentando. Era uma promiscuidade artística”
rock underground

R. Mutt, foto de divulgação, 1987.

O espírito colaborativo foi essencial para o desenvolvimento de tantos projetos artísticos. Entre cineclubes, sebos, zines e festivais, o underground de Belo Horizonte floresceu graças a uma característica que faltava no eixo Rio-São Paulo: o tamanho da cidade. “A cidade era pequena, então todo mundo se conhecia, participava e emprestava instrumentos uns para os outros. Nós tirávamos o melhor que podíamos de condições difíceis”, lembra Bruno, enquanto mostra os equipamentos que usava nas gravações. A cidade se mostrou um ecossistema muito fértil e favorável às experimentações, e a cena mineira começou a ganhar os palcos em São Paulo. A R. Mutt tocou no Sesc Pompeia, no Madame Satã e no Retrô; outras bandas como a Divergência Socialista, Sexo Explícito e O Grande Ah! também percorreram esse circuito.

Com a chegada dos anos 90, muitas bandas se dissolveram e seguiram outros caminhos. Bruno se mudou para Londres com Eli Mejorado, formando o duo Tetine. Lá, já no começo dos anos 2000, eles estrearam um programa de rádio chamado Slum Dunk, que ia na contramão do que se esperava ouvir de dois brasileiros. “Queríamos ultrapassar essa ideia de que música no Brasil é só samba e bossa nova. Queríamos ouvir e mostrar coisas diferentes do mundo todo. Na rádio, nós tínhamos acesso livre ao telefone, então fizemos contato com meio mundo.”, conta Eli. O programa transbordou a rádio e em 2005 virou o selo Slum Dunk, que estreou com uma coletânea Slum Dunk Presents Funk Carioca e seguiu com outras obscuridades e sabores da música brasileira, como a coletânea de pós-punk The Sexual Life of The Savages (lançado em parceria com o selo Soul Jazz em 2005) e um disco das Mercenárias, lançado apenas na Inglaterra. 

rock underground

Ida & os Voltas, 1986 – banda irmã do R. Mutt // Da esquerda para a direita: Bruno Verner, Ida Feldman e Bernardo Rennó. A banda contava com os mesmos integrantes do R. Mutt + Ida Feldman (voz) e Aleca – Alessandra Drummond (baixo)

A redescoberta da R. Mutt 

Em meio a tantas descobertas sonoras com o Slum Dunk, Eli e Bruno se depararam, durante o período de lockdown em Londres, com o que se tornou o processo de redescobrimento da R. Mutt. “Nós já estávamos em um processo de voltar às bandas da época desde 2018, quando lançamos a coletânea COLT 45 Underground Post Punk, Tropical Tapes, Lo-Fi Electronics and Other Sounds from Brazil (1983-1993), resgatando a história do pós-punk nacional”, explica Bruno. As 15 faixas de Konkret Dance, gravadas entre 1986 e 1989, exemplificam muito bem a atmosfera artística do pós-punk belo-horizontino. São camadas de som eletrônico costuradas à organicidade sonora de Bruno Verner (guitarra, voz, teclados, programação, samples), Karla Xavier (voz, teclados e percussão), Bernardo Rennó(bateria, teclados, percussão, programação, samples), Marcos Barreto (baixo) e Frederico Pessoa (baixo nas faixas 2, 14 e 15); Não parece ser um disco escondido em uma caixa desde os anos 90, quando a banda acabou. É um disco urgente, pulsante; de hoje e para hoje. Eli conta que ele já nasceu pronto. Só estava esperando a hora certa para tomar vida. E diante desse chamado, desse pulso e impulso pela vida, ela e Bruno souberam que era a hora de jogá-lo no mundo.

 

Capa do álbum Konkret Dance, feita por Eli Mejorado, a partir de um pôster do show da banda, criado pelo baixista Marcos, em 1986.

O lançamento 

Durante o período de produção do Konkret Dance, Bruno se pôs em contato com os membros da R. Mutt. “Foi muito legal, porque não nos víamos há muito tempo e retomamos o contato, lembramos de histórias e ativamos essa memória coletiva”. Entre rolos de fita e pôsteres de show, eles encontraram a capa – que também nasceu pronta. A arte foi feita por Eli a partir do flyer de um show da banda em 1986, criado pelo baixista Marcos. “Não poderia ter uma imagem mais adequada para esse momento”, diz Eli. No meio desse processo de reconexão com o passado, Karla faleceu, em outubro. O disco já estava se encaminhando para o lançamento e, mais do que nunca, Bruno entendeu que ele era necessário e o momento era esse.

E então Konkret Dance veio, no primeiro sábado do mês, dia 5 de dezembro. É um álbum que fez a ponte entre um passado apagado da história e um futuro possível. “Sinto que havia uma ingenuidade de nossa parte, pois éramos jovens artistas aprendendo a fazer tudo”, conta Eli. “Acho que, acima de tudo, havia uma intuição. Nós sabíamos que estávamos fazendo algo inovador que se tornaria importante, mas não imaginávamos que faria tanto sentido 34 anos depois”, complementa Bruno. 

Talvez tenha sido essa mesma intuição que os guiou para revisitar o passado durante o lockdown. Não fosse essa ingenuidade, não existiria tamanha disposição e coragem para escrever a história não contada de uma banda que diz mais sobre 2020 do que 1986.

É preciso muita intuição e ingenuidade para fazer as pazes com o presente e imaginar um futuro. Essa tarefa está longe de ser fácil e não há resposta pronta; ela precisa ser construída. E a R. Mutt pode nos ajudar a trilhar esse caminho.

 


Labels: , , , , , , , , , ,

Post Punk Tapes


Here's a virulent new mixtape 'Post Punk Tapes' that Tetine have just put together for the series RARO of Sounds and Colours. The mix features an unorthodox selection of Brazilian post-punk sounds (punk-funk, tropical lo-fi, synthpop & experimental electronic music) mostly recorded between 1982 and 1989 by both iconic and obscure artists. This one contains waves by Divergência Socialista, R. Mutt, Sexo Explícito, Saara Saara, Gang 90 & Absurdettes, Vyzadoq Moe, O Último Número, Harry, Arrigo Barnabé, May East, Ida & Os Voltas and Kodiak Bachine. Check it out, Evoé.




RARO 08: TETINE’S POST PUNK TAPES

By  | 01 January, 2021

Tetine are Brazilian artists Bruno Verner and Eliete Mejorado who have been living in Hackney since 2000. Having met in Brazil while making waves in São Paulo’s & Belo Horizonte’s underground art-punk scenes, the two have worked on various audio and visual projects since, often operating through the hybrid universes of electronic music, film, video and poetry. With more than 15 independent albums released by different labels in Europe and Brazil (Soul Jazz Records, Slum Dunk Music, Mr Bongo, Bizarre Music), Tetine are primary purveyors and unrivalled tastemakers within Brazil’s post-punk past and contemporary avant garde.

Having performed worldwide at innumerable festivals, art galleries, clubs and cinemas, as well as producing radio shows, installations and larger projects, the duo have brought Brazilian underground music and art scenes to the attention of the UK for many years. Alongside producing the first ever compilation of Baile Funk outside of Brazil for Mr Bongo in 2004, the two have garnered accolades for their acclaimed The Sexual Life of The Savages – an essential primer to early-1980s Post-Punk from São Paulo, (Soul Jazz Records 2005), and more recently, a new collection of obscure cassette tapes entitled Colt 45 – Underground Post Punk, Tropical Tapes, Lo-Fi Electronics & Other Sounds from Brazil 1983-1993. In 2020, Verner and Mejorado released Konkret Dance 1986-89 – the lost first album by post punk quartet R. Mutt (Slum Dunk 2020). This is the starting point for their Raro Mixtape – a schooling in the sounds of Brazilian post punk.

“This mixtape features a collection of unorthodox post-punk sounds (punk-funk, tropical lo-fi synthpop & experimental electronic music) mostly recorded between 1982 and 1989 by both iconic and obscure Brazilian artists such as Divergência SocialistaR. MuttSexo ExplícitoSaara Saara, & Gang 90 & AbsurdettesVyzadoq MoeO Último NúmeroHarryArrigo BarnabéMay EastIda & Os Voltas and Kodiak Bachine. It explores an underground post-tropicalist sensibility emerged in the early 1980s with the arrival of independent scenes in key Brazilian cities such as Belo Horizonte, São Paulo, Sorocaba, Niterói, Rio De Janeiro & Santos; and includes rare cuts from self-released cassette tapes, hard-to-find & out of print LPs. 

“Comprised of tracks we have played over the years in the radio show Slum Dunk broadcasted on Resonance Fm 104.4 (between 2002-2008), the mix gives continuity to some of our previous efforts to recover the many ‘lost histories’ of Brazilian underground post punk scenes. For Sounds and Colours’ RARO series, we put together a selection of moody samba-noise, angular punk-funk, early tropical synth-pop, dark disco/not-disco, new wave, industrial-dub, atonal electronic cabaret, and marginal poetry. We hope you enjoy it.”

Tracklisting

Gang 90 & Absurdettes – Jack Kerouac
Vzyadoc Moe – Não Há Morte
Sexo Explícito – Caso Você Não Me Convença, Eu Continuo Achando O Que Você Pensa
Divergência Socialista – Thomas Morus Dub / Aqui & Aqui
Saara Saara – X
Arrigo Barnabé – Tubarões Voadores
R. Mutt – Konkret Dance
Divergência Socialista – Fahrenheit 451 / Jeanne Seberg
May East – Elementais
Harry – Caos
Vzyadoc Moe – O Incerto
Divergência Socialista – Maysa / Mother N.851
Ida & Os Voltas – Cadê a Embaixatriz / Revolta
R. Mutt – A Terça Parte
Gang 90 – Ela
May East – Twilight Zone
R. Mutt – Versus
Tetine – Eu Tô em Chamas
Lado B – Nos Céus do Haiti
O Último Número – Dama da Noite
Kodiak Bachine – Eletricidade

This mix series plays on the Hispanic and Lusophone homonym, “Raro”. “Raro” holds two meanings in Spanish and Portuguese: “rare” and also “strange”. Sounds & Colours’ Raro Series is a crate-diggers’ mix series which embraces both meanings. Over the course of on hour, our guest DJ will delve into Latin America’s unknown, underappreciated and unbelievable music and reveal its hidden gems.






Labels: , , , , , , , , , , , ,