Semana passada fomos censurados por um síndico branco misógino-higienista no comando vertical hierárquico de um edifício que já foi um dia uma instituição de prazer real, magika, sexo e sonho, e não um boneco arquitetônico comercial de hashtags na forma de um shopping center. Foi assim que nossas duas 'peças' F-E-M-I-N -I -N- A-S “Wild is the Wind/Todas As Mulheres do Mundo” e “Todas As Manhãs Do Mundo” - a primeira sobre o assassinato de mulheres durante o regime militar e a segunda um mapa-esquema temporal-terminal de vida, gozo e morte orquestrando os processos de circulação de emoções no centro de São Paulo durante o final dos anos 80 e início dos 90, período em que moramos os dois na zona central de SP [Eli no Copan e também no próprio Ed. Louvre por um tempo, e eu na Praça da Bandeira com rua Santo Antonio e Av Nove de Julho no Ed. Saint Patrick colado ao Joelma] - foram arrancadas do muro do COPAN onde estavam vivendo por uma semana e meia como parte da exposição 3 Ato - o verso, conduzida pelo museu do louvre pau-brazyl.
O babaca se chama Affonso com dois Fs e se sentiu ofendido, disse que o muro era dele, se irritou com o conteúdo, com as mulheres, com a sauna, com o HIV, com os cinemas, os banheiros e depois disse que o COPAN é A-político, mesmo com a autorização que os curadores tinham para exibir os trabalhos. O museu re-instalou e um tempinho depois arrancaram de novo.
Isso é para informar que na próxima quinta dia 2 de Maio soltaremos as pipas dos dois trabalhos em uma ação visível e transparente PELO AR em colaboração com as crianças da Casa 1. Trabalho esse que se originou durante o processo de residência no Louvre Pau Brazyl em Novembro passado ainda em 2018 durante os Ensaios do Terceiro Ato. O ar ainda é seu.
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